sábado, 20 de fevereiro de 2010

Velha rua sem saída

Nuas ruas e avenidas pálidas
Onde as árvores nem percebem
O vento corriqueiro e previsível
Invisível com sempre. Ligeiro e passageiro
As folhas que o acompanham na rítmica dançante
Sob o manto turvo de um final de tarde
Nublado. Estático, sempre encontro
Estreptococos alucinantes de bacilos vacilantes
Valentes, velhos raros
E eu não digo o que, sequer, sempre esqueço
Por essas ruas que não caminho de vez em quando
Quanto mais menos conta
A quota negativa da gigantesca jura arbitrária
Nas plácidas ruas e avenidas suas
Onde as folhas não caem quando o vento falta
E nem falam quanto menos cata
É de carta, cartel, corda e cordel
A última distância que se esconde nos escombros
Entre ombros e sorrisos assombrosos de amálgama.

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