Enquanto a noite adormece e a claridão da lua adia mais um dia,
Minha mente procura pelos sentidos que o meu corpo esqueceu.
Para onde foi a lucidez dos meus dias?
Para onde vão as palavras atiradas nas nuvens carregadas de cansaço?
Enquanto a noite me entorpece com sua frieza e silêncio,
Minha retina já reflete os primeiros pingos de luz de sol,
Que ri disfarçadamente das angústias espalhadas no breu.
Contradigo meus dilemas e escrevo sobre a noite à luz do dia.
Sobra a noite e me falta o calor,
Ainda que banhado pelo quente sopro da manhã.
Amanhã sigo em frente.
Hoje prefiro me deitar sobre os reclames da minha alma,
Que reluta em jogar fora o que é de excesso.
Amanhã, a manhã chegará na hora certa,
Mesmo que o escuro decida estender um pouco mais a sua companhia.
sexta-feira, 27 de junho de 2014
segunda-feira, 24 de março de 2014
Há de ser de contra
Arde sede contra a vontade
Há de nem ser cidade a necessidade em mim
Submerso em versos
Sob um mar inverso
Sal, dádiva e fim
Ávida, sem vida, a saudade
Esperando, eu vou tarde daqui
Peço, me despeço
Dispo-me do excesso
Volto, vou, tô ali
Há de ser de contra a coragem
Toda e qualquer vantagem de fim
Perto, me desperto
Sob o céu aberto
Só se o sol não sair
Há de ser encontro à bobagem
Ver de verde, a miragem seguir
Certo do que é certo
Dito-me decreto
Por enquanto sentir
Esperamos dias vãos
Vão se os dias que outro dia esperávamos, vim ver
Não vivemos mais, então
Tudo aquilo que tão logo aqui levamo-nos a ser
Em vão, vamos-nos agora
Ré parando os planos que custamos anos entender
Só quem não me quer não chora
Quem me chora quer sorrisos que não posso devolver.
Há de nem ser cidade a necessidade em mim
Submerso em versos
Sob um mar inverso
Sal, dádiva e fim
Ávida, sem vida, a saudade
Esperando, eu vou tarde daqui
Peço, me despeço
Dispo-me do excesso
Volto, vou, tô ali
Há de ser de contra a coragem
Toda e qualquer vantagem de fim
Perto, me desperto
Sob o céu aberto
Só se o sol não sair
Há de ser encontro à bobagem
Ver de verde, a miragem seguir
Certo do que é certo
Dito-me decreto
Por enquanto sentir
Esperamos dias vãos
Vão se os dias que outro dia esperávamos, vim ver
Não vivemos mais, então
Tudo aquilo que tão logo aqui levamo-nos a ser
Em vão, vamos-nos agora
Ré parando os planos que custamos anos entender
Só quem não me quer não chora
Quem me chora quer sorrisos que não posso devolver.
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