quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sobre os ventos que se foram

Nunca durmo quando sonho
Passo sonos acordado
Meio termo atordoado
Como um cão vigia o dono
Com o ego esgarçado
Sobreteimo meu conforto
Retirado dos meus pés
Ando em passos apagados
Ouço sons dos afogados
Vindo daquelas marés
Veraneio no meu quarto
Folhas caem em meu lençol
Chovem preces do começo
Procurando o endereço
Dos filhos do arrebol
Das dores daquele parto
Compartilho meu suor
O que é do meu agrado, partindo daquele ato
Inicio meu contato
Com o que virara pó.

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